quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Trabalho desenvolvido pela cursista: Zeni Reginaldo dos Santos

Estes trabalhos foram desenvolvidos com os alunos do 8.º e 9.º anos da E.M.I.P. Pilad Rebuá na Aldeia Passarinho durante as atividades do ano letivo de 2009 do Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II em Língua Portuguesa:






































segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Comparando diferentes versões de Chapeuzinho Vermelho

Introdução:


A presença regular de situações em que o professor lê livros de literatura para a turma é recomendável por uma série de motivos. Ao ter contato com essas obras, a criança pode apreciar a leitura; aproximar-se da linguagem desses textos; reconhecer características do portador; inteirar-se sobre o autor e identificar-se com personagens, além de construir critérios pessoais de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.

Ao lado de outras modalidades organizativas dos conteúdos de leitura e escrita - como os projetos didáticos e as atividades permanentes essa seqüência pretende contribuir para a valorização da leitura de textos literários de qualidade e o desenvolvimento do gosto pessoal do leitor. Com a sua realização, as crianças serão colocadas, desde o início da escolaridade, no lugar de leitores que interagem e pensam sobre a linguagem que se escreve, tendo o professor como um modelo de leitor que os auxiliará nessa conquista.

A escolha do conto Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho é uma das narrativas de referência entre os clássicos infantis. De tradição oral, foi publicada pela primeira vez no ano de 1697, pelo escritor francês Charles Perrault. Desde então, o conto é apresentado em diferentes versões, traduções e adaptações, que têm marcado a infância das crianças nos mais diferentes países e épocas. Uma das versões mais conhecidas e traduzidas, inclusive para o português, foi escrita em 1812 pelos Irmãos Grimm.

Nesta sequência de atividades, as crianças serão convidadas a comparar três diferentes versões do conto, que serão lidas pelo professor dentro de um intervalo de tempo. A escolha das três tem como critério a garantia da qualidade literária. Dentre elas, estão duas das principais: de Grimm e Perrault.

Essa seleção visa garantir a comparação entre as tramas e a análise dos recursos lingüísticos utilizados pelos autores. A comparação de versões de um mesmo texto consiste em uma prática usual do leitor. Ela permite estabelecer critérios de escolha de uma leitura e realizar indicações literárias. Neste trabalho, as comparações serão inicialmente coordenadas pelo professor, que fará intervenções para os alunos atentarem para outros aspectos da obra além dos que normalmente levam em conta. O professor também irá destacar recursos lingüísticos utilizados pelo autor, tradutor ou adaptação.

A leitura pelo professor

Quando o professor lê para as crianças, mostra-lhes seu próprio comportamento leitor e contribui para que se familiarizem com o universo letrado. Por isso, é fundamental que ele prepare sua leitura ensaiando em voz alta, planejando intervenções para fazer antes, durante ou depois da leitura, antecipando a organização do espaço e a disposição das crianças, e, ainda, determinando o momento estratégico em que interromperá a leitura (para continuar num momento seguinte).

Ao trazer um material para ler para a classe, o professor também cuida da apresentação adequada do livro, oferece informações que servem para contextualizar a obra e despertar o interesse em conhecê-la e justifica a escolha feita.

Durante a leitura, ao fazer uma interrupção, o professor pode retomar os fatos anteriores para que as crianças não percam a seqüência narrativa. Pode-se solicitar a elas que procurem se lembrar dos últimos acontecimentos e os relatem de forma organizada. Cada uma conta aos colegas sua lembrança e, assim, o grupo vai reconstruindo a narrativa que acabou de conhecer. O professor ajuda, recontando passagens. Quando surgirem dúvidas sobre algum episódio, pode-se recorrer ao livro para esclarecê-las por meio da leitura do trecho a que se referem.

O professor compartilha com as crianças seu comportamento leitor (explicitando diferentes aspectos do que faz enquanto lê). Por exemplo, nas duas primeiras versões, dois procedimentos usuais, próprios de leitores experientes, poderão ser destacados: o uso do índice e do marcador de livro, já que os contos selecionados fazem parte de uma coletânea.

É preciso também assegurar um espaço para que a turma se manifeste a respeito do texto lido, dialogue com ele, dando-lhe, coletivamente, um sentido. Isso pode ser feito por meio de uma conversa em que cada ouvinte compartilha com os demais aquilo que desejar: as lembranças; os sentimentos e experiências suscitadas durante a leitura; os trechos mais marcantes; uma característica do texto que tenha reparado; uma dúvida ocorrida; uma hipótese confirmada ou não durante a leitura, etc. O professor se coloca como participante ativo da conversa, compartilhando suas impressões sobre o que leu, sobre relações com outros textos conhecidos pelo grupo ou com outros fatos.

Ao ouvir as opiniões das crianças, o professor possivelmente irá deparar com diferentes interpretações do que foi lido. Isso deve ser respeitado, porque, nesse caso, não há respostas corretas ou incorretas. Como todos os textos literários, a história de Chapeuzinho Vermelho permite ao leitor criar algumas interpretações enquanto lê. Nessas conversas com as crianças, o professor pode ter como foco aspectos retóricos do texto.

Prestando atenção neles, o grupo poderá perceber que, por meio da forma pela qual os acontecimentos são narrados, o autor direciona a interpretação sobre determinadas passagens. Por exemplo: pode-se perguntar às crianças se elas acham que o lobo está tentando enganar Chapeuzinho, e chamar a atenção para a forma como o autor descreve suas falas e intenções.

É importante salientar que mesmo que o conto trate de questões ligadas à moralidade, não é aconselhável utilizar sua leitura como um pretexto para oferecer às crianças lições de moral, nem tampouco para impor a opinião do professor sobre, por exemplo, as atitudes da personagem principal.

O foco desta atividade é voltar-se para o texto em si, para que as crianças possam se aproximar da linguagem escrita e desenvolvam comportamentos de leitor.

Objetivos: (*)

* Valorização da leitura de textos literários de qualidade.

* Desenvolvimento do gosto pessoal e de critérios de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.

Conteúdo (*)

Leitura

Tempo estimado:(*)

2 meses

Material necessário:

Três versões diferentes da história de Chapeuzinho Vermelho, sendo que a primeira deve ser dos irmãos Grimm e a segunda de Charles Perrault.

Desenvolvimento:

As situações que compõem a seqüência são as seguintes:

*Leitura (feita pelo professor à classe) de uma boa versão da história para exploração dos aspectos linguísticos característicos dos contos.

*Leitura (feita pelo professor à classe) de uma segunda versão para possíveis comparações entre as versões lidas e análise de diferentes tramas e linguagens dos contos e autores.

*Leitura (feita pelo professor à classe), de uma terceira versão do conto.

Além de contribuir para a aprendizagem de comportamentos leitores, as leituras feitas nesta sequência de atividades implicarão certos comportamentos específicos que poderão ser postos em prática, como:

*Comentar o que se leu.

*Compartilhar com outros os efeitos, sensações, sentimentos que os textos produzem.

*Confrontar interpretações e pontos de vista.

*Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos.

*Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto.

*Ler durante um período, interrompendo a leitura quando necessário.

*Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida.

*Recordar os últimos acontecimentos narrados, por meio da leitura de alguns parágrafos anteriores.

*Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o desenrolar da narrativa.

*Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem.

*Recuar no texto para recuperar aspectos relevantes e, assim, compreender melhor uma situação ou, ainda, para dar mais atenção a uma informação importante.

*Comparar as personagens, ambientes e situações das diferentes versões.

*Comparar as narrativas lidas com outros textos do gênero, outros autores etc.

*Reconhecer certos recursos linguísticos próprios de um autor, uma versão.

*Identificar recursos linguísticos adequados a determinadas situações comunicativas ou intenções do escritor.

ATIVIDADE 1

Leitura da primeira versão da história Irmãos Grimm Logo ao iniciar a seqüência, o professor comunica às crianças qual será o procedimento a ser seguido por ele e por seus ouvintes, de forma a assegurar que a narrativa seja compreendida e apreciada. Ele informa que lerá outras versões da mesma história, compartilhando com a turma como será realizado o trabalho. A primeira etapa da seqüência consiste na leitura pelo professor da primeira versão da obra escolhida. É importante, nesse momento, considerar as orientações anteriores, em relação ao preparo prévio da leitura e das intervenções a serem realizadas durante a atividade. A história é curta e pode ser lida de uma única vez. Se houver mais de um exemplar do livro na escola, ele pode ser disponibilizado na sala de aula para que as crianças os manuseiem, apreciem as ilustrações e leiam no próprio texto, mesmo sem saber ler convencionalmente. Após a leitura, quando o professor estiver certo de que as crianças já comentaram a respeito de tudo o que gostariam, ele coordena uma atividade para propor a análise de recursos lingüísticos que tornam a obra singular e atraente para o leitor. Pode, inclusive, realizar um registro das conclusões do grupo acerca de suas principais características o que será útil nas etapas seguintes da seqüência. Um recurso que pode ser destacado da primeira versão lida são as descrições das personagens e cenários. Caso tais características não tenham sido notadas pelas crianças, o professor pode chamar a atenção para elas, relendo algumas descrições e conversando sobre a linguagem literária e os efeitos que ela produz no leitor. Como o autor descreve o lobo no início da história, como ela estava? (faminto) Quais foram os recursos utilizados pelo autor para descrever a floresta? O que o lobo diz à Chapeuzinho quando eles se encontram pela primeira vez? O que o lobo usou para fingir ser a avó da menina? Como o autor descreve a localização da casa da avó? O que fez Chapeuzinho perceber que a avó estava com um aspecto muito esquisito?

ATIVIDADE 2

Leitura da segunda versão da história Charles Perrault As histórias escritas pelos irmãos Grimm defendem valores como a bondade, o trabalho e a verdade. Em seus contos, as pessoas bondosas são premiadas e as maldosas são castigadas. Nem sempre isso ocorre na vida real, mas, na literatura destes autores, quem merece sempre ganha um final feliz. Já nesta versão de Charles Perrault, o desfecho da história é um pouco diferente. Chapeuzinho não tem um final feliz, pois acaba devorada pelo lobo, assim como sua avó. Na segunda etapa da seqüência o professor realiza a leitura desta versão. Assim como na primeira etapa, as orientações para o seu encaminhamento são as descritas anteriormente no item "A leitura pelo professor". Quando a leitura estiver concluída, o professor propõe a comparação entre as duas versões, retomando as características destacadas na análise registrada anteriormente. Nesse momento, o professor pode também registrar as conclusões das crianças a respeito das características das duas versões, relendo trechos e chamando a atenção para as semelhanças e diferenças na trama e no texto. O que acontece no primeiro encontro entre a menina e o lobo numa versão e em outra? Como é o diálogo entre eles em cada uma das versões? Vamos comparar as diferentes descrições sobre a localização da casa da vovó? Vamos ver como os autores descreveram a Chapeuzinho em cada uma das versões? Quais são os diferentes acontecimentos que chamam a atenção e distraem Chapeuzinho Vermelho a caminho da casa de sua avó? As recomendações da mãe no início da história são diferentes nas duas versões? Que fim levou o lobo nas duas versões?

ATIVIDADE 3

Leitura da terceira versão da história Nesta última etapa da seqüência o professor encaminha a leitura de uma terceira versão do conto. Assim que o grupo se familiarizar com a nova versão, deve ser incentivado a conversar sobre ela. É quase certo que estabelecerão, espontaneamente, relações comparativas com as duas outras versões já trabalhadas, identificando semelhanças e diferenças. Mesmo assim, o professor pode focar suas observações em outros aspectos, voltando, com as crianças, aos registros feitos anteriormente. Nesta terceira versão, do ponto de vista do conteúdo da história, ao invés de comer a avó o lobo a tranca dentro do armário e também não chega a comer Chapeuzinho, que pede ajuda e é socorrida pelos caçadores da floresta. Além desta diferença evidente na trama, o professor poderá continuar discutindo aspectos formais do texto, ao propor um levantamento dos fatos que se conservaram nas três versões e das diferenças no texto escrito, destacando o estilo de cada autor/tradutor/adaptação. Exemplos de questões que podem disparar essa análise: A mamãe pede para Chapeuzinho Vermelho levar comida à vovó. O que diz a mãe agora, nesta terceira versão? Chapeuzinho Vermelho se encontra com o lobo no bosque. Como cada autor relata o diálogo entre eles? Chapeuzinho caminha pela floresta - como este cenário é descrito, o que há em cada um dos textos? O lobo engana Chapeuzinho Vermelho e chega antes dela à casa da vovó. O que diz a ela para enganá-la nessa versão? Quando chega, Chapeuzinho Vermelho faz perguntas ao lobo, que está deitado na cama da vovó. Há diferenças nas perguntas e respostas deste diálogo em comparação com as outras versões? O que acontece na história assim que o lobo chega na casa da vovó? Quais as principais diferenças? Avaliação O professor pode acompanhar a ampliação das aprendizagens das crianças nesta seqüência, nas demais situações de leitura e produção de texto propostas em sua rotina. É importante que elas continuem refletindo sobre os aspectos característicos da linguagem dos contos clássicos, comparem essa linguagem com a de outros gêneros, utilizem esse conhecimento em suas próprias produções textuais etc. Um trabalho semelhante ao desenvolvido nessa seqüência também pode ser realizado com diferentes versões de outros contos, como João e Maria, Branca de Neve, A Bela Adormecida e O Gato de Botas, entre outros.

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA

*Chapeuzinho Vermelho e Outras Histórias, Irmãos Grimm, Ed.Paulinas, edição esgotada versão1

*Os Contos de Grimm, Jakob Grimm, 288 págs., Ed. Paulus, tel. (11) 3789-4000 , 58 reais

*Versão 1 Chapeuzinho Vermelho e Outros Contos por Imagem, Rui Oliveira, 72 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. (11) 3705-3500 , 32 reais

*Versão 2 Chapeuzinho Vermelho (Coleção Grandes Clássicos), 24 págs., Ed. Girassol, edição esgotada Versão 3

(*) Adaptação feita pela professora Joseilda Cristaldo para aulas no 6.º ano.

in:http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/comparando-versoes-chapeuzinho-vermelho-428185.shtml%20acesso%20em%2019/06/09 às 10h17min

sábado, 12 de dezembro de 2009

Gestar II de Lingua Portuguesa encerrado em Miranda

Hoje aconteceu a Oficina de avalicação do GESTAR II no municipio...


Não pensei que iria surpreender tanto os cursistas com a montagem que fiz com as fotos de nossos encontros e com as atividades dos alunos... foi muita emoção para eles e para mim também... tive que segurar um pouco as lárimas que vez ou outra tentavam rolar.

Na próxima sexta-feira teremos o encontro com a Secretária de Educação, a coordenadora do Programa no municipio, os diretores e os coordenadores das escolas partipantes para apresentarmos os resultados obtidos com a capacitação do GESTAR.


Todos estão empolgadíssimos, confesso que eu também...

É a capacitação chegou ao fim, com ela aprendemos muitas coisas, tivemos várias experiências e eu pude crescer em conhecimento, aprendi muitos com os cursistas...

Assim que der postarei aqui as atividades desenvolvidas em sala de aula pelos professores e as fotos do último encontro...

até +


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Encontro para Avaliação

Queridos professores

Nosso encontro para a avaliação final do GESTAR II em Língua Portuguesa está marcado para o próximo sábado dia 12/12/09 às 7h30min no CAIC.

Conto com a presença de todos. Na oportunidade estaremos nos confraternizando, traga uma lembrancinha para trocarmos presentes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O que foi o GESTAR II?

Bem pra mim foi...

novas amizades,
novos conhecimentos,
estudos,
vivências,
experiências,
viagens,
cobranças,
tempo,
falta de material, as vezes,
interpretação errada por alguns,
sucesso de outros,

enfim...



eu só sei que com  o programa abri meus olhos,
para o novo,
novas experiências,
novas amizades,
companheirismo é fundamental,



coloque o que foi para você também.



Descontração...

Após a última jornada de capacitação do GESTAR II, aprendi que Blogger é um lugar de descontração, nada de formalidades. UFAAAA.... ainda bem, pois tudo que escrevi até agora por aqui não passa de relatos formais de um trabalho realizado. Porém nós somos frutos de uma formação baseada no "militarismo" cheio de regras "formais", fica impossível se desligar de um momento para o outros desses "vícios"... rsrs...

Só sei de uma coisa, a partir de agora só escrevo o que me vem a cabeça, sem muito formalismo. E a partir do momento que me sobrar um tempinho digitalizarei os trabalhos relevantes que os professores cursistas de Miranda realizaram com nossos alunos nas escolas. Aguardem...

Abraços a todos...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PARCIAL DO GESTAR II DE LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNICÍPIO DE MIRANDA-MS


O Programa Gestão da Aprendizagem Escolar II, de Língua Portuguesa, deu inicio no município de Miranda-MS em 02/02/09 com uma reunião na Secretaria Municipal de Educação para informação aos diretores e coordenadores das escolas participantes de como faríamos o programa em nossa cidade. Desta reunião participaram além dos diretores e coordenadores, a Secretária Municipal de Educação, professora Mara Batista Almeida, a coordenadora do programa Neusa Lopes Duarte Medeiros e a professora formadora, Joseilda de Oliveira e Silva Cristaldo.

O programa foi bem aceito pelos presentes, porém quando fui visitar as escolas iniciaram os problemas, que não foram poucos. A SEMEC havia me passado o nome de 15 professores de Língua Portuguesa lotados nas escolas da zona rural, área indígena e urbana. Quatro destes professores (concursados) não aceitaram as regras do programa, de acompanhamento em sala de aula, as avaliações diagnósticas de suas aulas antes de entrarem na formação. Foi muito difícil este período. Confesso que em alguns períodos não sabia como resolver e contornar a situação. Eles tentaram convencer aos outros professores a não aderir à formação. Mas graças a Deus, os 11 permaneceram e iniciaram a formação.

Nossa primeira oficina ocorreu em 17/04 e a última (até o momento) em 24/10. Tive muitas dificuldades no inicio por ser uma experiência nova para mim. O primeiro TP trabalhado foi concluído depois de quatro encontros. Fomos nos ajustando, os cursistas e eu, tudo era novidade para todos nós. As primeiras visitas nas escolas para a avaliação diagnósticas das aulas dos professores, entrei nas salas de todos, mesmo com o problema inicial que tive com os quatro professores, todos eles aceitaram a minha avaliação.

Não iniciamos as atividades dos TP em sala de aula quando começamos os encontros porque ficamos no aguardo do envio das avaliações diagnósticas de entrada dos alunos. O envio deste material só ocorreu no final de agosto. Então no final de junho começamos a planejar as aulas adaptando as metodologias do programa.

Esta fase foi muito difícil porque alguns cursistas não conseguiam incluir as atividades propostas ao planejamento, uma professora cursista se destacou, ela conseguiu aplicar muitas coisas dos AAA e das oficinas em suas aulas e teve uma melhora com a aprendizagem dos alunos. Os professores não entendiam que o conteúdo já programado anteriormente poderia ser adaptado somente a metodologia do GESTAR II, ou seja, partir do texto ao invés de passar conceitos e ministrar exercícios isolados. Acompanhei de perto este momento. E aos poucos tudo foi se encaixando. Agora eles já sabem como fazer sozinho e já programam para iniciar o ano letivo de 2010 com as técnicas e a nova metodologia em cem por cento nas aulas de Língua Portuguesa.

Há um tempo atrás confesso que pensei que havia fracassado com a minha missão de capacitar os professores cursistas no programa, porém hoje vejo que apesar de ter somente 7 professores frequentes, obtive sucesso, porém não veio sozinho, pois cada um teve uma parcela de contribuição. Estou muito feliz por encerrar esta parte do programa e estou muito ansiosa por chegar ao final para ver a que resultado iremos chegar.

Sobre a avaliação diagnóstica de entrada ainda não foi aplicada devido a problemas burocráticos e falta de reserva monetária, problema da crise que atingiu todos os estados e municípios de nosso país, e aqui não foi diferente, temos que reproduzir mais de nove mil provas, para aplicar em todas as escolas da rede que possuem as séries contempladas pelo programa, inclusive a aqueles alunos que seus professores não estão participando. E a conta fica mais alta quando inserimos as copias da avaliação da matemática. Estamos no aguardo da Secretaria verificar junto às finanças como será feito. Talvez faremos a avaliação de saída, que ao meu ver será viável pelo avançado de datas que estamos.

Os projetos foram desenvolvidos nas escolas, porém alguns cursistas não conseguiram realizar a culminância dos mesmos por problemas internos das escolas. Os quatro professores que lecionam em escolas indígenas que tiveram mais problemas, pois devido a muitas festividades, diferenças culturais, e manifestações que impediram a entrada dos professores para lecionarem, os projetos ainda estão em aberto, acredito que até o final de novembro os professores já tenham terminado. Estou aguardando o arquivo dos mesmos para postar no blogger do Gestar de Miranda, pois todos só entregaram uma cópia impressa.

O sucesso do programa é de todo o grupo e também do apoio que recebemos da SEMEC para a realização de cada etapa. Isso fez com que todas as dificuldades fossem vencidas.



Miranda-MS, 11 de novembro de 2009.





Joseilda de Oliveira e Silva Cristaldo
Professora formadora do GESTAR II em Língua Portuguesa